terça-feira, 1 de maio de 2012

 Ontem questionei um recente soldado sobre o que faria se fosse para a guerra e ele disse: 
- Adorava ir, iria defender o meu povo, a minha pátria e os interesses do meu país. Matar para viver.  


 Eu perguntei-lhe qual era o propósito de "matar para viver", quero dizer, matar para viver para mim é matar vacas, coelhos, etc. Para podermos sobrevier, para comermos. Matar humanos é matar-nos a nós próprios dado que somos todos cidadãos do mesmo planeta. 
Respondeu-me que era uma questão de justiça.
De seguida, perguntei-lhe: Se a justiça está do teu lado, era justo morreres na guerra? E era justo para a tua mãe se morresses? 


Se queremos justiça, temos que fazer o que é justo para nós como pessoas, como um. É injusto ir um grupo de amigos a um sítio comer e um deles não ter dinheiro para tal, é justo um desses emprestar-lhe e é justo pagar-lhe de volta quando puder. 


 Voltando à situação da guerra. Quem determina as razões ou as "justiças" para tal, não são os soldados, esses limitam-se a cumprir ordens, porém, todos nós teríamos de a combater mesmo que contrariados. E é justo lutar por algo que não acreditamos? Caso  a abandonássemos para fazer o que achamos certo para a humanidade, seríamos acusados de tudo e mais alguma coisa, injustamente. 


 Quando vamos à casa de banho e cagamos, despejamos a àgua e puff, a merda desaparece do nosso mundo. E onde é que ela vai parar? É injusto para o mar levar com a nossa merda toda! No entanto, não a pomos à porta de casa porque era injusto os vizinhos levarem com ela todos os dias (por muito que os odiássemos). Para mim a guerra é uma sanita, temos a opção de cagar nela ou de ir a outro lado.